ANTIDROGAS - BACLOFENO Saiba mais..
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BACLOFENO

A SALVAÇÃO DOS ALCOOLATRAS, FUMANTES e DROGADOS....

Esse medicamento funciona em resumo para os leigos assim:

Existem neuronios no cérebro responsaveis pelo desejo, vontade de consumir algo ( ex: vontade de beber, fumar ou consumir drogas ), mas esse medicamento chamado baclofeno bloqueia e inibe essa comunicação entre neuronios e a pessoa fica sem a vontade de consumir algo ( teu vicio).
Fácil de entender. não é!
E tambem não dá problema com a terrivel abstinência.

Medicina da Universidade de Brasília, dentro da disciplina Bioquímica/Biofísica. O objetivo principal é falar sobre BACLOFENO e neurotransmissores e temas relacionados.

GABA e Glicina

GABA

O GABA (ácido gama-aminobutírico) é o principal neurotransmissor inibitório do cérebro, estando presente em parte considerável das sinapses do SNC (artigos apresentam porcentagens diferentes, mas que geralmente flutuam de 25 a 40%), também encontrado na retina. O GABA é sintetizado a partir do acido glutâmico e catabolisado de volta ao ciclo do acido cítrico, e sua recaptação é feita por uma via incomum: transporte ativo para os astrócitos da glia. Os níveis do neurotransmissor se elevam no cérebro quando a atividade desse ciclo é baixa (ex: quando o uso de energia pelas células está diminuído), e o resultante efeito inibitório generalizado pode proteger os neurônios do cérebro em situações de hipóxia ou isquemia.
Os receptores de GABA se subdividem em: GABA A (ionotrópico com distribuição difusa), GABA B (metabotrófico com distribuição difusa) e GABA C (ionotrópico presente apenas na retina). A função inibitória do acido gama-aminobutírico tem várias aplicações terapêuticas e é de grande importância em algumas patologias. Um exemplo de aplicação terapêutica é a utilização dos tranqüilizantes benzodiazepínicos (ex: diazepam), que se ligam a um sítio dos receptores do tipo A, aumentando a freqüência de abertura dos canais de cálcio e potencializando o efeito inibitório do neurotransmissor. Essas substâncias também podem ser utilizadas como ansiolíticos, hipnóticos e antiepilépticos. A cafeína, por outro lado pode neutralizar o efeito de tais drogas diminuindo a liberação de GABA na fenda sináptica.
GLICINA

A glicina é o mais simples dos aminoácidos, consistindo apenas em um grupo amina e um grupo carboxila ligados ao átomo de carbono. É o principal neurotransmissor de inibição do tronco cerebral e medula espinhal. Também pode exibir comportamento excitatório: ao se ligar ao receptor NDMA, a glicina aumenta a sensibilidade do mesmo ao glutamato. A glicina, diferentemente dos outros neurotransmissores aminoácidos, não é sintetizada no organismo, sendo obtida a partir da dieta.
Quando liberada na sinapse, ela se liga a um receptor que torna canais da membrana pós sináptica mais permeáveis ao Cl-. Na medula espinhal, a glicina é liberada por interneurônios inibitórios chamados células de Renshaw, que limitam a ativação de neurônios motores e possibilitam o relaxamento muscular. A estricnina (substância utilizada para matar ratos) é um antagonista da glicina, ligando-se a seu receptor sem que o canal de cálcio seja aberto, gerando um estado de hiperexcitabilidade no neurônio. Esse estado é precisamente o que caracteriza a ação tóxica da estricnina, gerando rigidez muscular seguida de convulsões. A morte ocorre por parada respiratória ou exaustão. Os efeitos do tétano também se devem a esse neurotransmissor, cuja secreção é inibida por uma toxina produzida pela bactéria causadora da doença.

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DEPOIMENTO:

Como parar de beber alcool - Minha história com o baclofeno
Como parar de beber alcool
sexta-feira, 8 de agosto de 2015.

Tratamento contra o alcoolismo
Resolvi fazer este depoimento pois apesar de ter lido muitas matérias falando sobre o baclofen/ baclofeno, que é um medicamento contra espamos musculares/ relaxante muscular, e que vem sendo muito usado para o tratamento de alcoolismo, poucas pessoas gostam de falar no assunto e tem poucos relatos. Eu acho que falar os resultados e os efeitos colaterais é muito importante para quem deseja iniciar o tratamento que ainda não é prescrito no Brasil. Na verdade atualmente somente na França é autorizado pelos órgãos de saúde.

Vou postar aqui algumas pautas e matérias que já li antes de iniciar a falar de mim mesma:

Sou psicóloga e tenho conversado com alguns amigos médicos sobre o tratamento do alcoolismo com a medicação chamada baclofeno. Há muitos pacientes interessados nesse tema. Essa medicação é eficaz?

Resposta: O alcoolismo é uma doença crônica que necessita de tratamento médico e psicológico prolongado. Semelhantemente a qualquer doença crônica, como diabetes mellitus e hipertensão arterial, episódios de recaídas e falhas terapêuticas são bastante comuns.
A heterogeneidade dos portadores dessa doença deve sempre ser considerada durante as abordagens terapêuticas, tendo em vista que determinados tipos de alcoolistas respondem diferentemente a específicos tipos de tratamento.
Progressivamente, tem-se verificado que a associação entre o tratamento farmacológico e o psicossocial é mais eficaz do que qualquer uma das abordagens aplicada isoladamente em dependentes de álcool.

Além da heterogeneidade dos portadores de alcoolismo, os profissionais de saúde dedicados ao manejo dessa doença devem estar cientes das várias alterações neurobiológicas provocadas pelo consumo prolongado da droga. Essas alterações justificam a utilização das medicações atualmente existentes para o tratamento dessa condição.

A busca por agentes psicofarmacológicos eficazes no tratamento de pacientes dependentes de etanol tem, durante as duas últimas décadas, identificado algumas drogas com potencial utilidade clínica no tratamento da dependência de álcool. Até o momento, apenas três medicações receberam aprovação do FDA (Food and Drug Administration) para o tratamento da Síndrome de Dependência do Álcool: Dissulfiram, Naltrexone e Acamprosato. No entanto, novas medicações têm sido intensamente estudadas para tratar esse grave problema de saúde pública com resultados promissores, como o topiramato, o ondansetron, o baclofeno, dentre outras.

De qualquer forma, o tratamento farmacológico do alcoolismo tem passado por um período de crescimento e otimismo científico, apesar das medicações até então aprovadas demonstrarem modesta eficácia na promoção e manutenção da abstinência na população de dependentes de álcool.
Ação do baclofeno

O baclofeno é uma medicação aprovada pelo FDA (Food and Drug Administration) como um relaxante muscular, ou seja, com atividade antiespástica. Essa medicação exerce ação depressora sobre o Sistema Nervoso Central, através de ação específica sobre receptores inibitórios (GABAb).
Diminui fissura por álcool
Os efeitos do baclofeno na redução da fissura por álcool podem ser explicados pela sua capacidade de interferir com os substratos neuronais que medeiam as propriedades reforçadoras do etanol. Essa hipótese poderia explicar o rápido efeito do baclofeno na redução do pensamento obsessivo pelo álcool já verificado em algumas pesquisas realizadas com alcoolistas.

Em pacientes dependentes de álcool, alguns estudos abertos e *duplo-cegos utilizando a medicação baclofeno foram já desenvolvidos e concluídos. Um dos primeiros estudos publicados em revista científica, com o baclofeno sendo administrado na dosagem de 15mg/d nos primeiro 3 dias e depois 30mg/d por 30 dias, demonstrou eficácia. No segundo estudo, com 9 homens e 3 mulheres recebendo baclofeno na dose de 30mg/d por 12 semanas, a medicação foi efetiva na redução do consumo de álcool, na manutenção da abstinência e na redução da fissura.

Em estudo duplo-cego randomizado placebo-controlado com 39 homens dependentes de álcool (20 pacientes em uso de baclofeno 15 mg/d nos 3 primeiros dias e depois 30 mg/d divididos em 3 tomadas diárias por 4 semanas e 19 pacientes em uso de placebo), 70% daqueles que fizeram uso de baclofeno permaneceram abstinentes durante a pesquisa contra 21% dos pacientes em uso de placebo.

Recentemente, publicou-se outro estudo duplo-cego randomizado com 84 dependentes de álcool com cirrose hepática, no qual metade dos pacientes tomou 15mg/d nos 3 primeiros dias seguidos por 30mg/d de baclofeno (com a dose de 10 mg tomada por 3 vezes ao dia) e a outra metade tomou placebo 3 vezes ao dia por 12 semanas. Dos pacientes em uso de baclofeno, 71% permaneceram abstinentes durante o período do estudo, enquanto dos pacientes que tomaram placebo 29% permaneceram abstinentes.

Nesses estudos, o baclofeno também provou ser efetivo na redução da fissura, reduzindo seus componentes obsessivos e compulsivos e outros componentes ansiosos. Finalmente, o baclofeno foi bem tolerado, com poucos efeitos colaterais e sem risco de abuso.

Entretanto, ainda faltam estudos para averiguar para quais tipos de pacientes a medicação baclofeno pode ser mais eficaz. Similarmente aos prévios estudos farmacológicos para avaliação da eficácia de medicações (como aqueles envolvendo o Acamprosato e Naltrexone) no tratamento do alcoolismo, têm também surgido pesquisas que não demonstram a eficácia do baclofeno sobre o placebo entre dependentes de álcool. Resultados contrastantes devem ser melhor verificados, avaliando para qual tipo de alcoolista essa medicação é mais eficaz.

Sob quaisquer hipóteses ou pretextos, nenhuma medicação por si só deve ser considerada “a pílula mágica” para o tratamento dessa grave doença médica. De fato, pesquisas sérias devem ser desenvolvidas para melhor avaliar a eficácia e segurança terapêutica da medicação, inclusive com doses maiores das que têm sido já utilizadas em pesquisas publicadas em revistas científicas sérias. Certamente, todas as pesquisas envolvendo o uso de medicação devem ter a aprovação de comitês de ética devidamente organizados.